Mais um trabalhinho para o curso, e desta vez fui parar a Mértola...e arredores.
quinta-feira, 13 de dezembro de 2007
De S.Domingos ao Pomarão - O percurso do minério
Bairro dos operários da Mina de S. Domingos
Túnel ferroviário na chegada ao porto mineiro do Pomarão
Porto mineiro do Pomarão
As Minas de S. Domingos, ficam no concelho de Mértola a cerca de 17Km desta vila-museu. A exploração mineira neste local teve início no período romano, porém o actual povoado deve a sua existência ao desenvolvimento da mina a partir de 1859, com a construção do importante e complexo sistema ferroviário de via reduzida, que permitia transportar o minério ao longo dos 17 Km que distam a corta da mina, do porto mineiro do Pomarão.
Os vagões eram inicialmente puxados por muares (processo tramway), só a partir de 1867 foram utilizadas locomotivas a vapor para transportar o minério, entre as várias fases do seu processamento. No circuito ascendente, as locomotivas transportavam, essencialmente pessoal e equipamento necessário ao funcionamento da mina. Este sistema ferroviário, foi no século XIX, a principal vantagem tecnológica da mina, sendo contemporâneo do primeiro troço ferroviário Lisboa - Carregado de 1856. Esta vantagem permitia à empresa Mason & Barry o rápido escoamento do minério.
Da corta apenas resta um lago de águas ácidas características deste tipo de exploração, águas estas que estão presentes em vários sítios ao longo do caminho. Logo ao lado da corta, as oficinas e o Poço Malacate nº6, dominam a paisagem mais próxima, na qual se inclui também a primeira central eléctrica do Alentejo.
Após ser extraído, o minério era transportado para a instalação de britagem da Moitinha, nos campos de cementação do vale da ribeira de S. Domingos ou para a fábrica de enxofre da Achada do Gamo.
Depois de receber o minério triturado na Moitinha, as fábricas de enxofre da Achada do Gamo, produziam o enxofre e pirite que juntamente com o cobre proveniente dos campos de cementação, seguiam para o porto mineiro do Pomarão, de onde a empresa Mason & Barry os enviava por via marítima para Inglaterra.
Hoje em dia apenas restam as memórias e as ruínas do intenso labor de outrora, que deixou uma pesada herança reflectida na paisagem com grande volume de escorias com elevados teores metálicos, ph ácido e elevada condutividade, que acompanha o percurso até ao Pomarão.
Do outrora extenso sistema ferroviário já resta pouco. Os carris desapareceram, e só nalgumas zonas se vislumbram as travessas de madeira que os suportavam, sendo mais evidentes junto do porto, e das fábricas da Achada do Gamo. São bem visíveis as pontes (que hoje servem a circulação de automóveis), e os túneis com toda a sua espectacularidade intacta, apesar da degradação evidente e inevitável.
Ruínas das oficinas ferroviárias
Poço Malacate nº6
Poço Malacate nº6
Lago de águas ácidas na corta da mina
Ponte sobre o antigo troço ferroviário, agora inexistente
Instalações de britagem da Moitinha
Fábricas de enxofre da Achada do Gamo
Paisagem junto das fábricas de enxofre
Túnel ferroviário na chegada ao porto mineiro do Pomarão
Porto mineiro do Pomarão
As Minas de S. Domingos, ficam no concelho de Mértola a cerca de 17Km desta vila-museu. A exploração mineira neste local teve início no período romano, porém o actual povoado deve a sua existência ao desenvolvimento da mina a partir de 1859, com a construção do importante e complexo sistema ferroviário de via reduzida, que permitia transportar o minério ao longo dos 17 Km que distam a corta da mina, do porto mineiro do Pomarão.
Os vagões eram inicialmente puxados por muares (processo tramway), só a partir de 1867 foram utilizadas locomotivas a vapor para transportar o minério, entre as várias fases do seu processamento. No circuito ascendente, as locomotivas transportavam, essencialmente pessoal e equipamento necessário ao funcionamento da mina. Este sistema ferroviário, foi no século XIX, a principal vantagem tecnológica da mina, sendo contemporâneo do primeiro troço ferroviário Lisboa - Carregado de 1856. Esta vantagem permitia à empresa Mason & Barry o rápido escoamento do minério.
Da corta apenas resta um lago de águas ácidas características deste tipo de exploração, águas estas que estão presentes em vários sítios ao longo do caminho. Logo ao lado da corta, as oficinas e o Poço Malacate nº6, dominam a paisagem mais próxima, na qual se inclui também a primeira central eléctrica do Alentejo.
Após ser extraído, o minério era transportado para a instalação de britagem da Moitinha, nos campos de cementação do vale da ribeira de S. Domingos ou para a fábrica de enxofre da Achada do Gamo.
Depois de receber o minério triturado na Moitinha, as fábricas de enxofre da Achada do Gamo, produziam o enxofre e pirite que juntamente com o cobre proveniente dos campos de cementação, seguiam para o porto mineiro do Pomarão, de onde a empresa Mason & Barry os enviava por via marítima para Inglaterra.
Hoje em dia apenas restam as memórias e as ruínas do intenso labor de outrora, que deixou uma pesada herança reflectida na paisagem com grande volume de escorias com elevados teores metálicos, ph ácido e elevada condutividade, que acompanha o percurso até ao Pomarão.
Do outrora extenso sistema ferroviário já resta pouco. Os carris desapareceram, e só nalgumas zonas se vislumbram as travessas de madeira que os suportavam, sendo mais evidentes junto do porto, e das fábricas da Achada do Gamo. São bem visíveis as pontes (que hoje servem a circulação de automóveis), e os túneis com toda a sua espectacularidade intacta, apesar da degradação evidente e inevitável.
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